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Atleta de Sorocaba supera acidente com trem e vira recordista brasileira e tricampeã dos Jogos Paralímpicos do Estado de SP

Hetiele Alvarenga começou a praticar lançamento de disco após amputar parte da perna direita

22/09/2025 às 11h16
Por: Redação Fonte: Secom SP
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O esporte já fazia parte da rotina de Hetiele muito antes do fatídico acidente: ela era goleira de futsal. Foto: Arquivo pessoal
O esporte já fazia parte da rotina de Hetiele muito antes do fatídico acidente: ela era goleira de futsal. Foto: Arquivo pessoal

O dia 23 de dezembro de 2010 mudou para sempre a vida e a perspectiva de futuro de Hetiele Alvarenga dos Santos. Ela tinha apenas 14 anos quando sofreu um grave acidente enquanto retornava para casa, em Votorantim.

“Estava voltando da natação e fui atravessar a linha férrea. Não percebi a aproximação do trem e ele acabou me atropelando. Fui arrastada por 50 metros até cair por debaixo dos vagões, que passaram por cima da minha perna direta. Tive amputação transtibial, que é a remoção da perna abaixo do joelho, e precisei colocar 12 parafusos e duas platinas no braço esquerdo”, lembra Hetiele.

O esporte já fazia parte da rotina de Hetiele muito antes do fatídico acidente: ela era goleira de futsal. A parada forçada fez Hetiele recalcular a rota. Após quatro anos de reabilitação, ela fez as amalas e se mudou para Sorocaba. Lá, começou a treinar atletismo e se apaixonou.

“De todas as modalidades dentro do atletismo, me identifiquei mais com o lançamento de disco. Me sinto livre e forte. Gosto de desafios e cada metro que alcanço é uma vitória”, diz.

Os treinos e competições revelaram uma joia do atletismo brasileiro. Em 11 anos, Hetiele ganhou muitas medalhas. Foi campeã paulista e estabeleceu o recorde brasileiro na classe F64, com a marca de 22.27 metros. “Enquanto me recuperava, nunca imaginei que seria uma atleta de alto rendimento. O esporte mudou a minha vida.”

Há duas semanas, Hetiele aumentou o seu rol particular de conquistas. Ela levou o tricampeonato nos Jogos Paralímpicos do Estado de SP (Paresp), competição organizada pela Secretaria Estadual de Esportes em parceria com a Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O lançamento de ouro bateu os 21.3 metros.

“O Paresp é uma chance que tenho para melhorar meus resultados e subir no ranking nacional, além de evoluir como atleta de ponta”, conta.

A primeira seletiva do Paresp 2025 reuniu mais de 600 atletas no Centro de Trenamento Paralímpico Brasileiro para disputas em três modalidades: atletismo, natação e halterofilismo. A competição segue neste fim de semana com mais uma seletiva de atletismo e natação.

Halterofilismo no radar

O talento que Hetiele tem para arremessar o disco a metros de distância é o mesmo para aprender as técnicas de uma outra modalidade.

Desde março, ela dedica um tempo na agitada agenda para treinar halterofilismo. E os resultados têm aparecido de forma surpreendente para uma novata. No Paresp, ela se inscreveu nas disputas do halterofilismo para ajudar Sorocaba a somar pontos na classificação geral e levou a prata na categoria até 45kg.

“Foi a minha primeira competição na halterofilismo. Gosto de pegar pesado e me faz bem. Pretendo conciliar com o atletismo e competir nas duas modalidades”, afirma ela.

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