A Polícia Militar prendeu em flagrante ao menos 17 detentos beneficiados pela saída temporária que voltaram a cometer crimes no estado de São Paulo. As prisões ocorreram entre terça-feira (23) e a manhã deste domingo (28) e envolvem delitos como tentativa de estupro e homicídio, roubo e furto a residência.
De acordo com PM, além das prisões em flagrante, a fiscalização realizada em todo o território paulista identificou 865 beneficiados que descumpriram as condições legais da “saidinha”, inclusive infringindo mais de uma regra. Com isso, até o momento, foram registradas 994 infrações. Entre as irregularidades constatadas estão o descumprimento da permanência no município autorizado pela Justiça, a ausência do recolhimento domiciliar noturno — entre 19h e 6h —, a frequência a bares e casas noturnas, o consumo de álcool ou drogas e o deslocamento para locais não autorizados.
Um dos casos foi registrado em Indaiatuba, na última sexta-feira (26) . Um detento, monitorado por tornozeleira eletrônica, roubou um carro e sequestrou um idoso. O homem estava armado e obrigou a vítima a realizar saques em caixas eletrônicos. Posteriormente, após denúncia, o idoso foi resgatado em Sorocaba e, o criminoso, detido em flagrante.
Outro caso ocorreu em Taubaté, no sábado (27), quando policiais militares abordaram um beneficiado da saída temporária que foi reconhecido por uma vítima pelo crime de tentativa de estupro. O homem foi conduzido à delegacia da região, onde permaneceu à disposição da Justiça.
Ainda em Taubaté, no mesmo dia, a Polícia Militar prendeu outro suspeito em saidinha após ele tentar matar uma pessoa.
Além disso, no primeiro e segundo dias do benefício, pelo menos quatro homens foram presos no interior de São Paulo por violência doméstica. Um deles foi detido em Nova Odessa após ir até um hospital ameaçar a ex-companheira. Outro, chegou a ameaçar a namorada com uma faca para que ela desse dinheiro para ele comprar drogas em Pirangi.
Segundo a Polícia Militar, as ações de fiscalização seguem intensificadas em todo o estado para garantir o cumprimento das determinações judiciais e coibir novos crimes durante o período da saída temporária.