Integrante da Cabine Lilás, serviço especializado dentro do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) para atender mulheres vítimas de violência doméstica, a cabo da PM Renata Alves enfatizou a importância de formar agentes de segurança especializados para garantir que vítimas consigam denunciar agressores.
“Essas policiais militares passam por uma capacitação em conjunto com a Polícia Militar, a DDM [Delegacia de Defesa da Mulher], a Polícia Técnico-Científica, representantes da Casa da Mulher Brasileira, onde são passadas todas as informações referentes à identificação, abordagem, como nós devemos abordar para que essa vítima não se sinta revitimizada”, afirmou, em entrevista nesta terça-feira (25) ao programa “SP em 3,2,1”, da Agência SP.
“São detalhes muito sucintos onde nós temos essa noção, somos norteadas e capacitadas para poder prestar o melhor atendimento possível de uma forma totalmente humanizada, trabalhando sempre com a escuta ativa para poder prestar todo o atendimento e apoio necessário a essas vítimas.”
O Governo de São Paulo deu início nesta quinta-feira (20) ao movimento “SP Por Todas: 21 Dias por Elas” , promovendo serviços e ações de conscientização para prevenir e combater a violência contra as mulheres ao longo de 21 dias seguidos. A programação faz parte dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, iniciativa da ONU Mulheres. No Brasil, a mobilização tem início a partir do Dia da Consciência Negra (20/11) até o Dia Internacional dos Direitos Humanos (10/12).
Na entrevista, a cabo Renata Alves destacou que a Cabine Lilás atua de forma integrada a outros programas de proteção, como o aplicativo SP Mulher Segura e as Delegacias de Defesa da Mulher, canais em que a vítima pode registrar a ocorrência imediatamente, de forma virtual.
Vítimas que forem atendidas pela Cabine Lilás também têm direito a transporte gratuito, por meio do app de transporte 99, a unidades de apoio, como a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e Instituto Médico-Legal (IML).
A Cabine Lilás é um serviço operado dentro do Centro de Operações da PM (Copom), em que atuam apenas policiais femininas treinadas para atender vítimas de violência doméstica.
Iniciado em 2024, na capital paulista, o programa foi expandido para as regiões administrativas de São José do Rio Preto, Campinas, São José dos Campos, Bauru, Sorocaba e Piracicaba. Até outubro de 2025, 102 PMs foram capacitadas para trabalhar no projeto. As equipes já realizaram 13,9 mil atendimentos de orientação para medidas protetivas e 89 prisões desde então.